O que a experiência com a Psicologia Clínica me ensinou sobre romper com os comportamentos indesejados

É muito gratificante quando meus queridos pacientes alcançam o estágio de perceber os motivos que desencadeiam comportamentos indesejados em si próprios. E de verdade? É uma vitória, pois é muito difícil olhar para trás e perceber o impacto negativo de experiências negativas em nossa vida. Contudo, eu lamento em dizer que esse é apenas o primeiro passo.

É claro que é de imensa importância analisar e refletir sobre como a sua história influencia as suas ações, contudo a análise por si só não efetivará a mudança desejada. Apesar de existir a crença de que “é só mudar”, o rompimento com comportamentos indesejados e/ou vivências indesejadas exige muito de nós, como:

- Compreender que existem outras maneiras de lidar com a situação.      

- Descobrir o que você realmente pensa e quer sobre a situação.

- Lutar contra o medo e a avalanche de sentimentos que surgem.

- Sair de uma zona conhecida e confortável.

- Abdicar dos ganhos que você possui mantendo esse comportamento nocivo.

- Lidar com os julgamentos e opiniões alheias (sim, você provavelmente será questionado por mudar).

E essa é apenas uma parte das batalhas que você enfrenta por tentar mudar, mas a partir de agora eu quero frisar a importância de descobrir o que você realmente pensa e quer.

Imagine nunca ter buscado uma vida com exercícios físicos porque sempre acreditou que não era para você, afinal, ouviu isso a vida inteira. Assim, você assimilou a ideia de que não gosta de exercícios físicos, desenvolvendo até uma aversão à prática e julgando quem escolhe esse estilo de vida. Ao mesmo tempo, há uma parte de você que deseja ter uma vida mais saudável, mas a parte da sua mente que insiste em dizer que exercícios não são para você ofusca qualquer tentativa ou afinidade com atividades físicas.

Perceba que, embora a decisão por se exercitar pareça simples, internamente há uma série de processos complexos acontecendo, como a necessidade de sair da zona de conforto e explorar o que você realmente pensa e deseja em termos de um estilo de vida saudável, lutar contra a voz interna que insiste que "exercícios não são para você" e enfrentar os julgamentos que surgem em sua própria mente.

Enfrentar esses julgamentos exige que você reconheça seus sentimentos e organize pensamentos, dedicando um tempo para compreender quais deles são realmente seus e quais são associados a constatações que as pessoas fizeram sobre você.

A experiência com a Psicologia Clínica me ensinou que esse enfrentamento facilita o processo de romper com os comportamentos indesejados, determinar seus objetivos, se agarrar naquilo que você realmente quer e lutar para alcançar as mudanças que você deseja em sua própria vida.

Afinal, a sua vida só pode ser vivida por você e só você pode enfrentar as consequências de suas escolhas (as positivas e negativas).

Se você precisar de ajuda, conte comigo e a Em.frente-se.